2020 o ano da Pandemia do Coronavírus
A notícia no final de 2019 mostra um surto causado pelo novo coronavírua (SRA-CoV-2, coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2), que desencadeou a Covid-19 (do inglês COrona VIrus Disease 2019). A doença infecciosa se espelhou entre os moradores de Wuhan, capital de Hubei, na República Popular da China. A Covid-19 tem, entre seus sintomas, febre, tosse e falta de ar, além de uma grande dificuldade ao respirar, em alguns casos seguido de pneumonia. Wuhan foi o primeiro epicentro do surto, e assim o mundo foi aprendendo com a China sobre o novo surto.
Confirmada a transmissão entre humanos, a “nova pneumonia” seguiu para uma epidemia em Wuhan e teve a primeira morte declarada no dia 11 de janeiro de 2020. Em 23 de janeiro do ano de 2020, a província se fechou para o mundo, pois foi decretado a primeira quarentena da Covid-19. A medida foi correta e pensava-se que ficaria restrito na China, “puro engano do pensamento de todos”. De acordo com o boletim da World Health Organization (Organização Mundial da Saúde - OMS), em 11 de fevereiro de 2020, foi anunciado a nova doença de coronavírus: COVID-19.
No dia 13 de fevereiro de 2020, pessoas infectadas assintomáticas começaram a transmitir a doença para outras pessoas, divulgava a Cable News Network (CNN; Rede de Notícias a Cabo) com as afirmativas de Robert Redfield, o diretor do Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, Centers for Disease Control and Prevention).
Novos casos foram confirmados também na Europa, a exemplo da França com o primeiro caso. No entanto, a Itália mostrou ao mundo os inúmeros casos que assolaram o território e a angústia dos sepultamentos do seu povo; além de retratar a quantidade de profissionais de saúde que estão no esgotamento total de suas forças. Enquanto isso, a China trabalhava incansavelmente para salvar vidas.
Em 24 de fevereiro de 2020, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, enfatizou que - ‘não há espaço para estigma e discriminação, devemos ser guiados por intervenções baseadas na ciência e nos direitos humanos’. Nesse mesmo dia, especialistas da OMS e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) se concentrou em compreender como os eventos se desenvolveram, aprender com a experiência italiana e apoiar os esforços de controle e prevenção das autoridades.
Porém, escutou-se da OMS o que não queria-se acreditar: de uma epidemia, saltou-se para mais uma pandemia do século XXI.
Em 11 de março de 2020, a OMS declarou oficialmente a Covid-19 como uma Pandemia. Dessa forma, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, divulgou ao mundo em redes – ‘A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus’. Isso não mudou o que a OMS está fazendo e o que os países devem fazer’. Também, Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergência da OMS, ressaltou que, - ‘A declaração de uma pandemia não é como a de uma emergência internacional – é uma caracterização ou descrição de uma situação, não é uma mudança de uma situação (...). Não é hora para os países seguirem apenas para a mitigação’.
Desde então, um pequeno ser (o vírus) percorre o globo terrestre, chega até as residências, isola e deixa as pessoas temerosas. As palavras de ordens são: fique em casa, lave as mãos com água e sabão, utilize álcool a 70% ou álcool gel (conforme padronização química) e use máscaras. Também não se pode esquecer que após usar as máscaras, as mesmas devem ser lavadas com água e sabão e água sanitária, ou se for descartar, nunca deve ser feito no meio ambiente sem o acondicionamento adequado ou junto ao lixo doméstico, pois pode contaminar inúmeros garis ou pessoas que trabalham em reciclagem.
Sabe-se que os cuidados com a higiene são fundamentais para bloquear a disseminação do vírus SRA-CoV-2. Entretanto, de acordo com a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mundialmente dois a cada cinco pessoas, não têm acesso a água. Segundo divulgação do Trata Brasil, no Brasil 16,38% da população não tem acesso ao abastecimento de água, o que representa quase 35 milhões de pessoas – 3x a população de Portugal.
O “fica em casa” somente não se restringe aos profissionais da saúde, pois os mesmos devem sair para a labuta. A saúde mental decaiu, pois, a prevenção do estresse, depressão e ansiedade durante a jornada de trabalho exaustivo, não ocorria. As notificações de casos por coronavírus passou a ser recorrente entre esses profissionais, com registro inclusive de mortes.
Enquanto fazia-se os cuidados individuais, ilustres visitantes apareciam mundialmente, eram de diferentes espécies e deu-nos inúmeras alegrias com vídeos e fotos em ambientes diversos.
As aulas passaram a ser ministradas online e nunca se escutou tantas lives. A Educação a Distância prevaleceu como a mais nova ordem mundial.
A caridade, também, se fez mais presente, pois essa “é a pandemia da solidariedade”. Porém, muitos utilizaram desse momento para a promoção do ego e divulgação própria, dando nome de caridade.
A comunicação teve que ser rápida, acessível e necessária a todos. Desenvolver a Comunicação Pessoal (DCP) passou a ser o termômetro da gestão durante a pandemia. O marketing de vendas no ambiente virtual, com os investimentos em sites próprios e redes sociais, aumentaram.
Os esforços globais para conter a Covid-19, em inúmeros países, eram e são orientados pela OMS, no entanto poucos governos não aceitavam que o contágio era eminente. Em 19 de março de 2020, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu solidariedade, esperança e vontade política para os líderes mundiais – ‘Todo o governo deveria estar envolvido’.
Diante de tantas verdades, desafios e incertezas por ainda percorrer, uma certeza se tem: é nos solidarizar e apoiar os profissionais de saúde da linha de frente, pois são eles que tentam deter o vírus e estão salvando vidas, mesmos sabendo o extremo que a Covid-19 exerce sobre os sistemas de saúde mundialmente.
Não se pode esquecer que é com o esforço da solidariedade e da ciência, que no futuro próximo, todos estarão se abraçando e sorrindo, próprio da natureza humana.
Drª Lindomar Guedes Freire Filha
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